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Nem muito e nem pouco – encontre o meio para o equilíbrio



Nem muito e nem pouco – encontre o meio para o equilíbrio

Em casos de dores persistentes e crônicas, os estímulos são entendidos pelos receptores de dor e interpretados de forma errônea ou nociva. Essa ausência de ação dos mecanismos endógenos de controle da dor parece ser causado pelo déficit na concentração de serotonina e noradrenalina

Estima-se que 80% das consultas aconteçam pelo gatilho da dor no mundo todo. No Brasil, cerca de 75% dos pacientes procuram por ajuda para tratar dores. De forma geral, o tratamento clássico no caso de dores agudas consiste em repouso e uso de fármacos para alívio de sintomas e sabe-se da baixa eficácia do uso de medicações.

No mundo todo, dados apontam que o consumo de opióides aumenta exponencialmente. Estudos revelaram que eles atuam em receptores não só do SNC mas também em neurônios sensoriais periféricos, produzindo analgesia. Em linhas gerais, a ideia principal ao se tratar a dor crônica é regular os mecanismos endógenos de controle da dor e a concentração de neurotransmissores.

Estudos clínicos demonstram que é possível reduzir a dor após a atividade física. Esse fenômeno - analgesia induzida pelo exercício – pode ser observado pelo aumento do limiar da dor em atletas quando comparados com a população não-atleta.


Há estudos que indicam que o exercício físico agudo é capaz de elevar a síntese de neurotransmissores sinápticos. A liberação de hormônios é um dos efeitos do exercício físico e impacta diretamente na saúde.


O exercício físico mantido por mais de 10 minutos, pode ativar os mecanismos endógenos de controle da dor devido a ação de opióides exógenos como a morfina, e opióides endógenos como as endorfinas em receptores.


De fato, sabe-se que a sensação de bem-estar experimentada após uma sessão de exercício se associa a ação de neurotransmissores, tais como: noradrenalina, endorfina e a dopamina. A endorfina proporciona a sensação de bem-estar, e promove a sensação de recompensa e alívio de dores, e a dopamina gera efeito tranquilizante e analgésico. A ressonância em indivíduos após fazer exercícios demonstrou o aumento dos níveis de glutamato e GABA.


Os efeitos neurofisiológicos se embasam na influência do exercício nos mecanismos endógenos de controle da dor: a endorfina é uma substância natural produzida pela hipófise e acontece durante e depois dos exercícios. Esse hormônio é responsável por promover a sensação de recompensa e bem-estar. Esses efeitos são sentidos até uma ou até 72 horas após a sua liberação.


A dopamina, serotonina e adrenalina são neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelos neurônios, que regulam o humor e a liberação de hormônios. A atividade física garante que o corpo libere esses neurotransmissores trazendo a sensação de bem-estar.


Outra forma de se sentir melhor, é se exercitar com amigos, a socialização além de liberar endorfina e dopamina. Abraçar esses amigos - assim que for permitido - aumenta a ocitocina, melhorando a formação de vínculos e confiança.


Desta forma, a prática constante de atividade física é responsável por causar inúmeros benefícios, pessoas que sofrem com dores e podem fazer da atividade física uma grande aliada. Caso sinta dores, procure tratamento adequado e sempre realize exercícios com acompanhamento.


*Colaboração de Juliana Satake, fisioterapeuta especializada em saúde da mulher pela Unicamp e Renata Luri, fisioterapeuta doutorada pela Unifesp (Clínica La Posture)


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