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Exercícios no puerpério? Por que faz bem se movimentar no pós-parto?




A ciência mostra que praticar atividade física no pós-parto é benéfico para a mulher, não só para a “recuperação” do corpo, mas principalmente para a manutenção do seu bem-estar.


Apesar disso, tanto na gestação quanto no puerpério, há uma tendência para a redução do nível de

atividade física. Dados apontam que cerca de 20% das mulheres mantêm ou, inclusive, aumentam seu peso no puerpério.


Os exercícios podem ajudar nesse controle de peso mas mais que isso, garantem a saúde física e saúde mental nessa fase tão delicada. Há melhora do perfil metabólico, da capacidade cardiorrespiratória e redução das queixas de dores em mulheres que se exercitam.


Além disso, praticar atividade física libera neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina, proporcionando bem-estar. Estudos epidemiológicos apontam para uma relação inversa entre a prática de uma atividade física e a depressão materna pós-parto.


Lembramos que para a puérpera se exercitar é preciso a liberação médica independente da via de parto ter sido normal (vaginal) ou cesárea. De forma geral, a cesárea por ser uma cirurgia de grande porte exige mais tempo de recuperação. Mas lembre-se que cada caso deve ser avaliado individualmente e cada mulher leva um tempo específico para se recuperar.


Movimente-se pelos motivos certos!

Pesquisas mostram que tanto a gravidez quanto o pós-parto estão associados a uma redução do nível de atividade física. O puerpério envolve ainda mais limitações para a sua adesão, uma vez que se torna um desafio equilibrar a rotina de cuidados com bebê, com a casa e o cuidado consigo. O cansaço, a privação de sono, e até a falta de uma rede de apoio desmotivam para a prática de qualquer tipo de atividade física.


A fisioterapeuta Juliana Satake, especializada em Saúde da Mulher pela Unicamp e sócia da Clínica La Posture, reforça que uma mãe que não está bem fisicamente ou emocionalmente, dificilmente conseguirá cuidar de seu bebê da forma que gostaria. O ideal é que ela delegue tarefas, e tenha apoio, seja do(a) parceiro(a), familiares e amigos. Assim ela pode se organizar e cuidar da melhor forma de si e do bebê, e claro, sempre dentro de sua realidade e possibilidades. O autocuidado envolve encontrar pequenos momentos na rotina que a façam bem, pode ser um banho prolongado, uma caminhada no parque ou uns minutos alongando na cama antes de se levantar.


No puerpério já há muitas mudanças e transformações acontecendo e a mulher não precisa de mais autocobranças em relação à estética do corpo, o foco deve ser em se manter saudável para estar bem, cuidar bem de si e do bebê. O movimento ajuda o corpo da mulher a se recuperar e a mente a relaxar.


Caso esteja com dificuldades nesse período, conte com pessoas de confiança, fale com seu médico e a equipe de saúde.


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