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Toda cólica é endometriose? 



Nada disso! Nem toda cólica é endometriose, por isso, não deixe de fazer seus exames ginecológicos e acompanhar com seu médico ginecologista. Os sintomas devem ser sempre investigados individualmente com exames específicos. 


Para além da cólica e dependendo do grau de seu acometimento em relação à localização, a mulher pode apresentar também:


- Dismenorreia –dor durante a menstruação.

- Dispareunia –dor durante a relação sexual.

- Disúria –dor durante a micção.

- Disquesia –dor durante a evacuação.

- Dores abdominais.

- Dores lombares.

- Dores pélvicas (região da pelve).


A dor se inicia na área afetada pela invasão do tecido, mas a verdade é que ela pode atingir e irradiar para locais mais distantes do tecido de origem da dor. 



Ciclo vicioso de dor 

A dor frequente pode causar problemas como as disfunções hipertônicas em músculos e articulações pelo seu não relaxamento, repercutindo no funcionamento da musculatura pélvica. 


Segundo a fisioterapeuta pélvica Juliana Satake, coordenadora da obstetrícia e urologinecologia da Clínica La Posture, é comum atender mulheres que, mesmo após a cirurgia, continuam a sentir dores.  Por isso, são encaminhadas pelo médico para tratar sintomas tanto no pré quanto no pós-cirúrgico. 


Isso ocorre porque a endometriose gera um ciclo vicioso de dor mesmo sem que o exame de imagem aponte mais sinais de lesão. Ao avaliar essas pacientes, elas apresentam alterações na coordenação motora da região com a presença também de pontos-gatilho que são como nódulos de tensão que permanecem mesmo após a menstruação e até mesmo após o tratamento cirúrgico, perpetuando um ciclo de disfunção e afetando a qualidade vida da mulher.


A dor pélvica não deve ser negligenciada e precisa ser tratada!

Os estudos mostram que ela está presente em 71 a 87% das mulheres com lesões de endometriose e causam impacto negativo significativo na saúde e bem-estar das mulheres. 


A dor pélvica crônica é resultado de mudanças estruturais no sistema nervoso central que sustenta a percepção da dor e ativa um constante estado de “alerta”, que tem como função proteger o corpo de estímulos nocivos. 


A dor crônica tem como “dor de origem” característica  miofascial com a presença de pontos gatilhos miofasciais ativos –que podem ser espontaneamente dolorosos e estão lá incomodando constantemente ou serem latentes, isso é, aquela dor que acontece mediante a investigação clínica do toque ou quando estimulados. Geralmente a dor de pontos-gatilhos nas mulheres com endometriose é referida na uretra, vagina, reto, cóccix, sacro, parte inferior das costas (lombar e quadril), abdômen inferior e coxas posteriores, e deve ser tratada através da fisioterapia pélvica.


Fisioterapia pélvica na endometriose

A fisioterapia pélvica tem sido cada vez mais reconhecida no tratamento dessas mulheres e deve ser parte de todo atendimento interdisciplinar que essa doença exige. 


O tratamento  conservador consiste em reduzir os sintomas e melhorar a função e qualidade de vida nos aspectos ginecológicos mas também em todo funcionamento global do corpo feminino. 


De forma geral, a fisioterapeuta pélvica especializada utiliza técnicas de relaxamento, alongamento e mobilidade muscular, assim como técnicas específicas de liberação miofascial nos pontos-gatilho de dor, trabalhando a mobilidade articular e recursos para controle de dor, com uso de equipamentos fototermoreguladores. 


Exercícios de correção postural são parte essencial e integral do atendimento, uma vez que as pacientes com dor pélvica crônica apresentam posturas antálgicas de dor —posturas de reação à dor adotadas como forma de proteção do local de dor. 


O atendimento da fisioterapia pélvica é importante quando a mulher tem dores no pós-cirúrgico ou até mesmo para aquelas que não se submeteram a nenhuma cirurgia. Mas aqui, também reforço quemudanças do estilo de vida.


Agende sua consulta de fisioterapia pélvica na Clínica La Posture


 
 
 

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